Eduardo Coutinho
Assessoria/Cel David |
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Chamado de "mito" pelos eleitores, Bolsonaro colocou os óculos que o tornaram "meme" na internet |
Com rápida passagem por Campo Grande na noite de ontem (12), o deputado federal e pré-candidato à presidência, Jair Bolsonaro (PSC), foi recebido por cerca de 300 pessoas no aeroporto internacional da Capital. Em palanque improvisado sob uma caminhonete o parlamentar comentou sua política de armamento para “cidadão de bem” - como define, e a decisão de deixar o partido para as próximas eleições. Após o discurso que durou cerca de meia hora, Bolsonaro partiu ainda na quarta-feira em comitiva com o anfitrião deputado estadual coronel David (PSC) para Sidrolândia e Nioaque, onde cumprem agenda pública.
Questionado sobre não ter aparecido no programa nacional do partido veiculado em junho, Bolsonaro afirmou que não está mais à vontade no PSC e que vai deixar a legenda. “Estou decidido que vou deixar o PSC, não o fiz até o momento porque estou aguardando a janela partidária. Pois caso deixe o partido agora perco meu mandato”, argumentou.
Acompanhado por David, um dos maiores cabos eleitorais no Estado de sua candidatura à presidência, o parlamentar federal criticou a fala de outra liderança do PSC em Mato Grosso do Sul, o senador Pedro Chaves, contrário a seu posicionamento que recentemente em entrevista afirmou que Bolsonaro seria “intolerante”. “Sou intolerante sim, mas com a corrupção. Se alguém é tolerante com ela, essa pessoa que está errada”, retrucou.
Pré-candidato, mas não em pré-campanha
A todo momento o “Mito”, como foi apelidado por seus eleitores, repetia ao microfone que a visita não tinha cunho eleitoreiro. Mesmo assim Bolsonaro não perdeu a oportunidade de fazer promessas caso eleito presidente em 2018.
“Se eu for presidente todos terão arma de fogo. O homem do campo, o produtor rural, terá um fuzil para receber o MST (Movimento dos Sem Terra). E os policiais (que participarem de ações que resultem em morte) vão responder sim, mas não ser punidos por matar vagabundo. Somos conservadores e cristãos, sim. Não estou aqui pedindo voto, mas se quiserem serei candidato”, prometeu.
O pronunciamento acabou com o pedido de “Bolsonaro presidente” e “Eu vim de graça”, por parte dos presentes, em alusão as acusações que simpatizantes do PT receberiam benefícios para a participação em atos políticos. Bolsonaro também ironizou os petistas disparando, “não estou sentindo cheiro de mortadela”. Hoje Bolsonaro tem agenda pública em Nioaque, onde serviu quando ainda ativo no Exército.
Assessoria/Cel David |
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Cerca de 300 pessoas foram receber Bolsonaro no aeroporto |